quinta-feira, março 27, 2008

Piada sobre polacos

Quando vi esta piadola num site de um tuga (http://jogodasueca.blogs.sapo.pt/) que viveu na Suécia, tinha de colocar isto no meu blog. Portanto, inauguro aqui a rubrica: piadas sobre polacos.
A- Sabes o que é que os polacos fazem quando viajam para a Suécia?
B- Não.
A- Enchem a bagageira do carro de álcool e metem-se no ferry. Quando chegam à Suécia, vendem as bebidas e ficam logo com 3 meses de salário do país deles.
B- Então mas se trazem tanto álcool não têm de declarar na alfândega?
A- Pois, realmente se forem apanhados vão para a prisão. Mas enquanto estão presos recebem o equivalente a 2 meses de salários na Polónia.

quarta-feira, março 26, 2008

Primeiras-Damas = sinal desenvolvimento

Na foto acima podemos ver de branco a primeira-dama da Polónia (a economista Maria Kaczynski). Nós em Portugal temos a nossa Maria Cavaco (professora de literatura portuguesa). Em França, quem é a primeira dama: Carla Bruni! Pergunta de algibeira: qual destes países é o mais desenvolvido?
Nota: Apre, que a senhora polaca....minha nossa que parece saída de um filme (do Fantasporto).

terça-feira, março 25, 2008

Universidade na Polónia - trabalhar/estudar

Quando falei deste assunto esqueci-me de relatar em como é bastante mais natural os estudantes universitários aqui trabalharem. Quer seja somente nas férias (a apanhar vegetais ou frutas num qualquer país durante o verão) ou mesmo durante o normal período escolar. Nunca mais me esqueço da teoria dos professores da universidade onde andei a "estudar", em que eles diziam que não deviam haver trabalhadores-estudantes ali, porque era para um curso para ser levado a tempo-inteiro. E é minha forte sensação de que em Portugal ainda persiste o provincianismo de que o estudante que tenha de trabalhar é um coitadinho desfavorecido.
Ao passo que na Polónia muitos mais estudantes estudam e trabalham ao mesmo tempo. Agora, que mantenho a minha sensação que o ensino na Polónia é mais fácil de cumprir, mantenho. Mas se em Portugal somos mais exigentes (algumas vezes, com poucas razões lógicas para tal), também pecamos por muitos estudantes sairem das faculdades sem nunca terem trabalhado. O que é que é melhor? Como diria a Vera Roquette, agora escolha.

domingo, março 23, 2008

E nos entretantos estamos na Primavera 2008

Nevões nestes primeiros dias de primavera, e ao mesmo tempo alguns dos dias mais bonitos e com mais luz que apanhei na Polónia. Foto tirada no meio do nada, algures pelo centro da Polónia.

terça-feira, março 18, 2008

Cogumelos

Cogumelos, uma paixão polaca na sua culinária. Apesar de não ser grande entusiasta de cogumelos, é do melhorzito que já comi aqui na Polónia. Esta foto, como se pode perceber foi tirada a uma venda de rua, pelo que é muito fácil encontrar estes fungos à venda. Mais info em http://www.cracow-life.com/poland/polish-mushrooms.

sábado, março 15, 2008

Guia para portugueses recém chegados à Polónia

Foi recentemente disponibilizado na página do AICEP-Polónia (http://www.ambasadaportugalii.pl/ic.html) um muito útil guia para quadros portugueses recém-chegados à Polónia. Está bastante completo para uma primeira versão, mas porventura fruto de ser elaborado por uma organização institucional e por o público-alvo não ter sido aprofundado, existem algumas lacunas as quais passo a identificar:
1) Night clubs, strip clubs e afins? Não existe informação sobre isto. Mas também não é grave, pois é dificil andar por Varsóvia sem ver flyers destes estabelecimentos por tudo quanto é sítio na rua. Agora, o espaço que dedicaram a coisas irrelevantes como música clássica e ópera podia perfeitamente dar lugar a este ponto se o problema é a falta de espaço.
2) Discotecas. Aqui há um enorme erro de palmatória, isto porque recomendam os dois sítios de Varsóvia onde a fauna é mais rica, logo propensa a um recém-chegado ficar fora de si e com as expectativas no topo. É como dar a uma pessoa que está a aprender a conduzir um F1: despiste na certa. É de todo contraproducente uma pessoa que não conhece a Polónia ir a estes sítios antes de fazer pelo menos 3 meses aqui, para que haja um período de habituação. Além disso, no Platinium e no Cinnamon nem sempre é claro quem está a caçar quem.
3) Palavras e expressões em polaco. Escrever a tradução sem indicação de qual a fonética é quase equivalente a nada. Para nós, Łódż ou Lodz diz-se da mesma maneira. Já para não falar que faltam frase cruciais para iniciar uma conversa, algo do tipo: “Sabias que eu faço uns pequenos-almoços maravilhosos?”.

sexta-feira, março 14, 2008

Chá na Polónia

Da mesma maneira que em Portugal muitas pessoas bebem bicas de empreitada (entenda-se umas atrás das outras), pela Polónia a bebida de eleição é o chá. Pelo que me apercebi até ao momento, existem várias razões para esta boa gente beber à vontadinha uma litrada de chá por dia e passo à minha análise.
Primeiro é um produto barato, e fácil de fazer em todo o lado (fiquei surpreso ao ver em supermercados a quantidade de chaleiras eléctricas à venda nas prateleiras). Segundo, e tal como em Portugal se faz ronha usando a desculpa de ir beber um cafezinho, na Polónia também não é muito diferente, sendo aqui o bode respiratório para a ronha substituido pelo chá. Terceiro, como o “almoço” normal aqui é uma sandes por volta das 12/13h, o chá vai ajudando a enganar a fome até à primeira refeição quente do dia por volta das 16/17h. Quarto, ok a bebida é quente portanto em dias frios é bem vinda (escusado será dizer que eu não bebo nada dessas mariquices, sim porque chá é para rotos).
Para minha infelicidade perdi uma foto sublime e exemplificadora desta adição polaca que é o chá. Portanto, há falta da imagem, aqui vão as mil palavras. Imaginem um dia de Inverno, a chover, perto de zero graus por volta das 11h da manhã. Um trabalhador de fato de macaco, nas traseiras de uma carrinha das obras com um maçarico industrial nas mãos. A fazer o quê? Com o maçarico debaixo de uma chaleira de inox, que com 99% de probabilidade se destinava a aquecer água para o chá. Porra,como foi possível perder esta foto!

terça-feira, março 11, 2008

Sim, não, no tak = confusão

Não significa negação em português. No será em inglês. Nie em polaco. Mas em polaco, no significa sim (exemplo: No tak - sim, claro). E agora, isto já me começa a afectar o modo como eu falo português. Já sinto que pertenço àquele grupo de pessoas que inicia todas as respostas com a palavra não, do género: “Então, gostaste do filme? Não, foi espectacular” ou “Achas que devo esquecer a ideia de suicidio? Não, de facto deves”.
Isto é um hábito linguístico que é complicado de tirar e que vai exigir tempo, mas que tem de ser feito para meu bem. Senão, já tou a ver a situação extrema (hipotética atenção) que se pode gerar: “Então, aceita como sua esposa esta mulher? Não, aceito”. Aborrecido depois para explicar.....

domingo, março 09, 2008

História da Polónia às três pancadas - XI

Portanto, no início do século XVIII, com um modelo de governação fraco, e com a cada vez maior interferência dos governantes russos na gestão dos assuntos da Polónia (que sempre esteve e ainda está na fronteira entre a europa ocidental e a europa que fala russo, a funcionar como uma rolha) as coisas começaram mesmo a descambar forte e feio. Episódio elucidativo foi quando após terem elegido legalmente um rei em 1733, houve uma intervenção vinda de leste para colocar à frente da Polónia um rei mais porreiro (para os interesses russos, claro) e esse rei teve de bazar para França.
A meio deste século e por vontade do rei da Prússia, andou-se por aqui á batatada entre Polónia e Prússia numa região chamada Silésia, que a Polónia....uhm, perdeu. O objectivo seguinte da Prússia era conquistar mais território na praia (entenda-se a parte sul do Báltico).
Em 1763 surgiu um novo rei para a Polónia, que pelos vistos até tinha dado umas berleitadas (amante) com Catarina a Grande da Rússia, mas este rei tinha ideias um pouco mais reformistas para a Polónia. Convém referir que a principal fonte para estas ideias reformistas vinha de França, para onde aquele rei (Stanisław Leszczyński) que foi eleito uns anos antes se exilou. Esta foi a altura em que o iluminismo francês (Voltaires e companhia) se expressava pela Europa, e o Stanislau até escreveu em França um livro chamado “Voz livre como garantia de liberdade”. Ora como haviam ainda na Polónia algumas pessoas capazes de pensar, sentimentos de rebelião começaram a intensificar-se na segunda metade do século. E o rei que foi eleito com o apoio da Rússia em 1763 até nem desencorajava isto.
É bom de ver que a malta na Rússia tinha de encontrar uma solução para isto. Ou seria por meios políticos impedindo todas e quaisquer reformas, ou por meios militares com uma invasãozita para pôr os malandros dos polacos na ordem. Só assim, a Rússia podia ter descanso no seu quintal para a Europa. Mas ambas as soluções dariam bronca porque iam causar um alvoroço dos diabos, inclusive com a vizinhança imperial da Prússia e da Aústria. Impunha-se encontrar uma solução, uma terceira via.....

sexta-feira, março 07, 2008

Chat: Gadu-Gadu

Este é um print-screen do programa de chat mais popular na Polónia e todos os que já estiveram na Polónia mais de 2 dias já decerto ouviram e/ou são/foram utilizadores disto. Pela Polónia, os nativos já ouviram falar e usam o Msn Messenger ou o Skype, mas o mais usado pela juventude ainda continua mesmo a ser este: Gadu-Gadu de seu nome (http://www.gadu-gadu.pl/).
Não sei o que quer dizer Gadu, somente usei isto umas duas vezes, mas é mais corriqueiro ser somente referido por GG. E prova da enorme capacidade de adaptação que os portugueses têm, se fizermos uma pesquisa por nomes como p.ex. João, surgem 13. Que cheira-me que só usem o GG para as suas (tentativas de) pescarias internacionais.....e não é somente para isso que isto serve???

terça-feira, março 04, 2008

Universidade na Polónia

As minhas limitações intelectuais, temporais, e linguísticas não me permitem ter um conhecimento mais profundo do sistema de ensino na Polónia. Mas um dos pré-conceitos mais comuns que nós temos em Portugal é que a qualidade do ensino nos países do Leste é bastante superior ao nosso. Não sei porque nunca estudei numa Universidade na Polónia, por isso não posso responder com franqueza, mas apenas lançar algumas atuardas que podem ajudar a uma possivel resposta:
- é normal existir uma disciplina de inglês nas universidades e que cujos resultados contam para a média académica;
- o sistema de ensino ainda está muito baseado no sistema tradicional: o professor diz, logo é verdade absoluta, e é necessário empinar isso para descarregar nos exames;
-existe um livrinho, que volta na volta é necessário carimbar pelos professores, reitores, etc e tal após exames/trabalhos, e ai de quem perder esse livro;
- é normal ouvir um estudante polaco dizer que está a fazer dois cursos. E nem sempre relacionados, do tipo, sim estou a estudar Biologia e Economia. Isto das duas uma. Ou faz dos polacos super-estudantes pois só pessoas extra-ordinárias conseguem fazer dois cursos em simultâneo, ou o nível de exigência fica abaixo do que nós temos em Portugal.....
Acho que já dei a minha opinião. Ups.

segunda-feira, março 03, 2008

Post 200 - ponto de situação

Por coincidência, ou para os mais místicos, destino, este post 200 vai ser dedicado a anunciar a minha provável saida da Polónia no final de Março e o regresso a Portugal após quase 2 anos que passaram rápido de emigrante por estes lados.
No entanto também sei que também em Portugal vou estar atento a novas oportunidades profissionais que sejam interessante para trabalhar aqui, de preferência para empresas portuguesas que estejam a iniciar a sua actividade neste mercado imenso e onde existem tantas oportunidades de negócio. Sei todavia, que a minha vontade de continuar a trabalhar pelo estrangeiro me poderá levar (como já esteve prestes a acontecer) a países mais a leste como por exemplo a Roménia o que levaria à criação de um novo blog (nota: não, não seria CiganaRoménia!).
Quantos mais posts irá ter este blog, e se irá viver para além de Março não sei, e só o futuro dirá. E assim acontece... pela Polónia.